terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Fantástico cita longevidade adventista

O estilo de vida adventista também foi citado na matéria do Fantástico que foi ao ar no último domingo (24/02), fazendo referência a longevidade dos moradoes de Loma Linda, na Califórnia. Veja abaixo o conteúdo completo da reportagem:


É só olhar para qualquer grupo de idosos: há sempre mais mulheres do que homens. É uma vantagem genética das mulheres, diz a ciência, que, no entanto, tem boas notícias para os homens.

“A genética representa de 25% a 30% dos fatores que interferem na longevidade. Isso deixa 70% que podem ser modificados”, diz a doutora Laurel Yates.

A médica chefiou uma equipe de pesquisadores de um hospital em Boston e, durante 25 anos, acompanhou a vida de 2,3 mil homens. O hospital não permite imagens deles, mas informa que todos tinham mais de 70 anos quando o estudo começou, em 1981.

Ao todo, 970 ainda estão vivos, têm mais de 90 anos e estão bem de saúde. O mais velho está com 104 anos. A doutora Yates explica que há cinco fatores que fazem viver mais.

“Não fumar, não ser obeso, não ter diabetes ou pressão alta e seguir um programa rigoroso de exercícios físicos, duas ou três vezes por semana”, enumera.

Entre esses fatores, há algum mais importante? “Fumar é a pior coisa, porque dobra o risco de não viver por um longo tempo. Além de não fumar, a melhor coisa que se pode fazer é se exercitar, porque a atividade física tem reflexo nos outros fatores: ajuda a melhorar a pressão sangüínea, ajuda a controlar a diabetes e, certamente, contribui para manter o peso”, acrescenta a doutora Yates.

Segundo a pesquisa, os homens que fazem exercício têm de 20% a 30% mais chances de passar dos 90 anos do que aqueles que não têm nenhuma atividade física. E será que há uma época certa na vida para começar a se cuidar?

“Nunca se é jovem demais e nunca é tarde demais. Devemos começar o mais cedo possível. O estudo mostrou homens que começaram a ter bons hábitos depois dos setenta e foram beneficiados. Eles também viveram mais e tiveram mais qualidade de vida”, explica a doutora.

Sempre foi um sonho da humanidade: viver mais e melhor, descobrir a fonte da juventude. Isso, de certo modo, já acontece. Em três lugares do mundo, o relógio biológico de seus habitantes demora mais a dar voltas.

A província de Okinawa, no Japão, tem uma população de um milhão de pessoas. Novecentas delas já passaram dos 100 anos. Para se ter uma idéia de como esse número é alto, confira a comparação com São Luís, a cidade brasileira com mais centenários. A capital maranhense tem aproximadamente a mesma população, quase um milhão de habitantes. Mas apenas 114 velhinhos já completaram um século de vida. A província japonesa tem oito vezes mais.

Sardenha, na Itália, é outra ilha de longevidade, assim como Loma Linda, na Califórnia, Estados Unidos. O fenômeno comum aos três lugares intriga os cientistas. Um pesquisador passou os últimos 30 anos tentando decifrar por que os moradores de Okinawa envelhecem de forma tão saudável. As respostas já começaram a surgir.

Uma das explicações está em um mercado, onde a população se abastece. A dieta do arco-íris tem como base a batata doce de cor púrpura, cenouras e vegetais verde-escuros e amarelos. A comida de Okinawa é antioxidante, desacelera o envelhecimento das células.

“Os moradores de Okinawa consomem mais tofu e produtos de soja do que qualquer outra população do mundo”, destaca o pesquisador.

Mas o que os velhinhos de Okinawa não comem também pode explicar sua longevidade. Em um dia típico, Matsu só consome cerca de 1,2 mil calorias. De acordo com a ONU, o mínimo para um adulto deveria ser duas mil calorias. Os médicos ainda investigam por que essa restrição calórica tem ajudado o povo de Okinawa a viver mais.

Na Sardenha é bem diferente. Os moradores de Ovodda, como bons italianos, não fazem restrições a qualquer tipo de carne ou bebida. Nem por isso a vida tem sido pior ou mais curta. Lá, a explicação é genética.

A família Vacca convive com um exemplo dentro de casa. Maria tem 104 anos.

“De um ponto de vista genético, quando isso acontece, existe uma probabilidade maior de haver doenças congênitas. Mas, por aqui, surgiram resultados positivos, como este grande número de centenários”, aponta o professor Luca Deiana.

Na cidade americana de Loma Linda, a fonte da juventude é especialmente generosa com os fiéis da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Eles vivem de cinco a dez anos mais que o resto da população. Adventistas não bebem, não fumam e seguem a dieta vegetariana recomendada pela igreja.

O cientista Gary Fraser arrisca um palpite: “Pessoas que vão à igreja regularmente, independentemente da fé que praticam, vivem mais, não há dúvidas quanto a isso. E isso não se deve ao fato de se sentarem nos bancos duros dos templos”.

Amostras de sangue e saliva comprovam: os fiéis têm níveis mais baixos de hormônios relacionados ao estresse. Aliás, esta é a característica comum às três comunidades: por circunstâncias diversas, todos aprenderam a controlar a ansiedade. A fórmula para uma vida longa talvez seja essa: não levá-la tão a sério.

Veja o vídeo no site do Fantástico.


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