terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A religião dos nossos dias

“Tenho que agradecer porque eu tenho uma vida abençoada. Ele existe em minha vida.” Esta frase, cheia de fervor religioso, não foi dita em uma igreja, mas em meio ao final do show da banda “Babado Novo”, na terça-feira do Carnaval baiano. Cláudia Leite, ex-vocalista da banda, proferiu as palavras, enquanto se despedia de seus companheiros. Cláudia, que está investindo pesado em sua carreira solo, tem feito notórias demonstrações de sua espiritualidade. A revista Veja, em matéria sobre a artista, observou: “A cantora fala em Deus a todo instante e, mesmo quando rebola no palco, se preocupa em não parecer vulgar. ‘Uso shortinho para valorizar minhas curvas, mas sem desrespeitar a Deus.’”


Parece surpreendente que algumas noções bíblicas sobre conduta sejam ignoradas mesmo por pessoas que se declarem religiosas ou “abertas à espiritualidade”. Esse contracenso pode ser explicado pela “modernidade religiosa”, mais descomprometida e livre de padrões encontrados em instituições cristãs tradicionais.
Ou seja, seguindo esse novo paradigma, todos falam livremente de Jesus sem haver necessariamente um compromisso religioso formal ou um comportamento que se enquadre naquilo que a moralidade cristã há séculos tem disseminado.

O fenômeno da “modernidade religiosa” atrai cada vez mais a atenção de antropólogos, sociólogos e estudiosos do campo religioso. Geralmente o enfoque de muitas dessas pesquisas recai sobre as formas de se cultuar a Deus. Também não é incomum a mídia secular comentar, grosso modo mordazmente, as extravagâncias de cultos ou de determinados músicos e eventos musicais do mundo gospel. Leia mais...


Nenhum comentário: